sábado, 16 de janeiro de 2010

Rabisco


Sentei-me. Sentei-me no mesmo sítio de sempre. Sentei-me na cadeira amarela que me inspira. Sentei-me. Voltei atrás para tentar perceber a tal explicação. Preciso de me explicar o porquê de escrever. Há dias, talvez semanas, não importa. Conversava com um professor meu. Que homem culto... Eu pedia-lhe, discretamente, um motivo, a pólvora para a minha guerra. Gosto pouco que me respondam a uma dúvida com outra dúvida. Questionou-me! Aprendi a gostar. Clarificou tudo. "-És feliz a escrever?". "-Sou." Sou eu própria. Conto-me histórias. Conto-me como foi. Conto-me como será. Olho-me ao espelho, mesmo sendo o seu fundo branco. Aliás, vejo-me melhor do que ao espelho. Forma de falar para mim. De me agradar. Sempre achei que quando me intorrogavam ao revés de me responderem, tal pergunta não tinha resposta. Ele não a sabe. Ele, eu e tu.

Sem comentários:

Enviar um comentário