terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Porta-chaves

Nos últimos dias o tema "Ídolo" tem sido a face das capas de revistas portuguesas. Com tudo isto decidi reflectir acerca dos meus ídolos ou da falta deles. Para ser sincera não tenho nenhuma imagem de culto. Nem quero ter.
Admiração é uma palavra bem mais saudável e menos eufórica que todas aquelas que possam-nos surgir relacionadas à figura adorada. Admiro, certas personagens reconhecidas e outras reconhecidas apenas por mim e por quem convive com elas. Vou me centralizar nas ditas conhecidas.
Já não sei bem desde quando, mas desde sempre me lembro de ouvir o meu pai falar de um senhor que se dá pelo nome de Ernesto Guevara de la Serna, mais conhecido por Che Guevara. O meu pai é de longe um grande apreciador de Che Guevara e eu aprendi a sê-lo. Quando simpatizamos com alguém à partida será porque tem características que na nossa avaliação são grandes virtudes. É este o caso. Che Guevara é um emblema de luta contra o comunismo, é um exemplo para todos aqueles que se exaltam a favor da união dos povos subjugados. Um revolucionário, um romântico, um grande homem, sem dúvida nenhuma.
O caminho é longo e cheio de dificuldades. Às vezes, por extraviar a estrada, temos que retroceder; outras, por caminhar depressa demais, nos separamos das massas; em ocasiões, por ir lentamente sentimos de perto o hálito daqueles que pisam nos nossos calcanhares. Em nossa ambição de revolucionários, tratamos de caminhar o mais depressa possível, abrindo caminhos, mas sabemos que temos que nutrir-nos da massa e que esta só poderá avançar mais rápido se for alentada com nosso exemplo (Che Guevara, in O Socialismo e o Homem em Cuba).
Segundo pequeno grande ícone. Décimo quarto Dalai Lama, Tenzin Gyatso. Poderia ser por questões religiosas, mas não é esse o caso (não teço comentários acerca da religião), é sim, pela sua coragem e bravura na luta pela sobrevivência do seu país. Um homem dotado de uma inteligência e cultura notável, capaz de combater sem provocar um derrame de sangue característico das guerrilhas que presenciamos ultimamente. É um forte promotor de diálogos entre o budismo e a ciência ocidental, demonstrando uma enorme inovação religiosa.
Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um chama-se ontém e o outro chama-se amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver (Dalai Lama).
Duas virtudes essenciais se prendem nestes Homens: coragem e valentia. A nossa liberdade é conquistada por nós e pelas acções que tomamos por ela.

Sonha e serás livre de espírito. Luta e serás livre na vida
Che Guevara

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