sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

País das Maravilhas

Daqui a uns dias vai haver um concerto aqui perto de casa. Queres vir comigo? Vamo-nos divertir, só os dois. Só nós ao som daquilo que é único e exclusivamente nosso, na eterna escuridão da noite que quero partilhar contigo.
Das coisas que mais se deve conjugar a dois, esta é a mais entre todas; ninguém conseguiria perceber o que apenas nós vamos sentir. A forma como vamos estremecer de cada vez que aquelas palavras soarem no nosso coração; quando as ouviamos em casa tinham um valor muito próprio, mas lá tornar-se-ão magistrais. Magistralidade essa que me nego a dividir com outro qualquer ser.
Para além de tudo e o resto vamos ouvir boa música e, a certa altura, nada mais importará senão o brilho dos nossos olhares e a sinceridade dos nossos sorrisos. Mais ainda. Vou enxergar tudo à nossa volta e vou corar, como sempre me acontece, já nem me lembrava que para além de mim e de ti muitos outros indivíduos tiveram o descaramento de comprar os nossos bilhetes. Era maravilhoso que se concretiza-se a inexistência de todos os outros.
Depois, no fim, vens trazer-me a casa e sem explicação, até porque não é preciso, beijamo-nos.
Vais.
Vou.
E vamos.

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